Enquanto se preparava um encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, Washington abriu uma nova investigação comercial contra Pequim.

A semana foi pautada por sinais contraditórios na relação entre as duas maiores economias mundiais.

Por um lado, a diplomacia esteve ativa com o anúncio de que negociações comerciais "muito construtivas" tiveram início na Malásia.

Adicionalmente, foi noticiado que um encontro entre Donald Trump e Xi Jinping deverá ocorrer na próxima semana, à margem da cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC) na Coreia do Sul.

Segundo Trump, a agenda incluirá temas como a agricultura, com o desejo de que a China retome a compra de soja norte-americana, e a sensível questão de Taiwan. O presidente dos EUA também manifestou a intenção de pedir a ajuda de Pequim para pressionar a Rússia a negociar um cessar-fogo na Ucrânia, admitindo mesmo fazer "concessões comerciais" para obter esse apoio.

No entanto, em contraponto a esta aparente abertura, a administração Trump anunciou o lançamento de uma investigação sobre o alegado incumprimento, por parte da China, do acordo comercial assinado em 2020.

Esta medida surge num contexto de crescente tensão, após a China ter imposto novos controlos à exportação de terras raras, materiais essenciais para setores estratégicos. A decisão de investigar Pequim, dias antes de uma cimeira presidencial, demonstra a estratégia de Washington de manter a pressão económica enquanto procura cooperação em frentes geopolíticas cruciais, ilustrando a complexa teia de rivalidade e interdependência que define a relação sino-americana.