Um desenvolvimento significativo foi o acordo entre as fações palestinianas, incluindo o Hamas e a Fatah, para a entrega temporária da governação a um comité de tecnocratas.
A trégua, em vigor desde 10 de outubro, continua frágil e é monitorizada por um Centro de Coordenação Civil-Militar (CCMC) em Israel, supervisionado pelos EUA, que nomearam o diplomata veterano Steve Fagin para integrar o organismo.
No campo político palestiniano, um avanço notável foi o acordo alcançado no Cairo entre vários movimentos, incluindo os rivais Hamas e Fatah.
O comunicado conjunto prevê a criação de um "comité palestiniano temporário composto por habitantes tecnocratas independentes", que ficará responsável pela gestão dos serviços básicos no enclave.
O Hamas já tinha manifestado não ter interesse em governar Gaza no pós-guerra.
Este acordo representa um passo crucial para a estabilização interna, embora a sua implementação enfrente enormes desafios.
A crise humanitária persiste, com a organização Médicos Sem Fronteiras a alertar que a população continua a "sofrer imensamente".
A ONU estima que a reconstrução do território devastado custará pelo menos 60 mil milhões de euros.
A gestão da ajuda também é um ponto de discórdia, com os EUA a descartarem qualquer papel futuro da UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinianos, acusando-a de ser uma "subsidiária do Hamas". A situação gerou críticas contundentes do Presidente brasileiro, Lula da Silva, que acusou a ONU de ter "deixado de funcionar" e de não ter conseguido evitar o "genocídio" em Gaza.












