A situação gerou preocupação política em Lisboa e um apelo à intervenção diplomática.
O impasse orçamental no Congresso norte-americano, que já dura há várias semanas, resultou na suspensão do pagamento de salários a centenas de funcionários federais, incluindo os cerca de 350 a 420 trabalhadores civis portugueses ao serviço das forças norte-americanas na Base das Lajes. Estes trabalhadores, pagos quinzenalmente, já não receberam parte do último vencimento e foram informados de que o próximo pagamento não será efetuado enquanto durar o 'shutdown'.
A situação gerou um problema social e diplomático, com a Comissão de Trabalhadores da base a apelar a uma solução urgente por via diplomática. O município da Praia da Vitória ativou um plano de emergência para prestar apoio social aos funcionários afetados.
Em Lisboa, o assunto mereceu a atenção do mais alto nível.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu estar "preocupado" com a situação, mas expressou confiança de que serão encontrados "caminhos" para a resolver, optando por não se pronunciar mais para deixar o "caminho livre" ao Governo para negociar. O executivo português, através dos ministérios da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, declarou-se "alheio" à situação, por se tratar de uma relação laboral com uma entidade estrangeira, mas garantiu estar a "avaliar soluções" para mitigar o impacto nos trabalhadores e suas famílias.
O PS/Açores instou o Governo da República a pagar os salários em atraso, seguindo o exemplo de outros países europeus como a Alemanha em situações similares.












