A medida, abolida em 2008, reflete as crescentes preocupações com a expansão da guerra na Ucrânia e a necessidade de reforçar as capacidades de defesa nacionais. A nova legislação, aprovada por uma larga maioria de 84 votos a favor, estabelece um período de treino militar básico obrigatório de dois meses para todos os jovens de 19 anos. Os primeiros recrutas deverão iniciar a formação no início de 2026.

O Ministério da Defesa da Croácia justificou a medida com a necessidade de ensinar aos jovens competências essenciais "necessárias em situações de crise, para que possam contribuir para a segurança nacional".

O salário mensal para os recrutas foi fixado em 1.100 euros.

A lei prevê a possibilidade de objeção de consciência por motivos religiosos ou morais, permitindo que os jovens cumpram um serviço alternativo na proteção civil, com uma duração de três a quatro meses. As mulheres não são obrigadas a prestar serviço militar, mas podem participar de forma voluntária.

A decisão da Croácia, membro da União Europeia e da NATO, é um reflexo direto do impacto da invasão russa da Ucrânia nas políticas de defesa europeias.

Vários artigos ligam explicitamente esta reintrodução do serviço militar aos receios de uma expansão do conflito. A medida alinha-se com o compromisso do país em aumentar as suas despesas militares, planeando atingir 2,5% do PIB até 2027, superando a meta de 2% da NATO.