Estas ações geraram uma resposta direta do presidente norte-americano, Donald Trump, elevando a apreensão sobre uma nova corrida ao armamento. O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o sucesso do teste final do míssil de cruzeiro com propulsão nuclear Burevestnik, descrevendo-o como “uma criação única que mais ninguém no mundo possui” e com um “alcance ilimitado”. Segundo o chefe do Estado-Maior russo, Valeri Guerasimov, no último teste o míssil percorreu 14.000 quilómetros em cerca de 15 horas, demonstrando capacidade para “eludir os sistemas antiaéreos e antimísseis”. Paralelamente, Putin assinou a lei que rompe formalmente o acordo de 2000 com os EUA sobre o reprocessamento de 34 toneladas de plutónio, material suficiente para cerca de 17 mil ogivas nucleares. O Kremlin já tinha suspendido unilateralmente o tratado em 2016, mas a nova lei formaliza a denúncia definitiva, um passo visto como “mais um sinal do colapso das estruturas de controlo de armamento entre as duas potências”. Em resposta, o presidente Donald Trump considerou o teste do míssil “inapropriado”, instando Putin a focar-se em acabar com a guerra na Ucrânia “em vez de testar mísseis”.
Numa demonstração de força, Trump alertou que os EUA têm “um submarino nuclear, o melhor do mundo, bem perto da sua costa [russa]”.
O Kremlin desvalorizou a tensão, com o porta-voz Dmitri Peskov a afirmar que o teste é uma resposta ao “ânimo militarista que agora ouvimos principalmente dos europeus” e que não deveria “gerar tensão nas relações entre Moscovo e Washington”.












