A comunidade internacional, liderada pelos EUA, prepara-se para a fase seguinte do plano de paz, que inclui a criação de uma força internacional, mas Israel já reclama direito de veto sobre a sua composição. Apesar da trégua, um ataque aéreo israelita no sul de Gaza, na região de Abasan al-Kabira, provocou um morto e seis feridos. Este incidente soma-se a mais de 93 habitantes de Gaza que morreram desde o início do cessar-fogo, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

A situação mais crítica, no entanto, prende-se com a devolução dos corpos dos reféns.

O Hamas deveria ter devolvido 28 corpos, mas até à data entregou apenas 15, alegando dificuldades em localizar os restantes devido à destruição no enclave.

Esta falha levou o Fórum das Famílias dos reféns a exigir a suspensão do plano de paz até que o Hamas cumpra “todas as suas obrigações”. O presidente dos EUA, Donald Trump, deu um ultimato de 48 horas ao Hamas para a entrega dos corpos.

Diplomaticamente, os EUA preparam uma resolução na ONU para autorizar uma força internacional de estabilização em Gaza.

Contudo, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel terá direito de veto sobre os seus membros, opondo-se à participação da Turquia.

Netanyahu declarou: “Somos um Estado independente.

A nossa política de segurança está nas nossas mãos”. Por outro lado, o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, afirmou que piorar as condições dos detidos palestinianos nas prisões israelitas levou a “uma diminuição” dos ataques.