O entendimento surge dias antes de um encontro crucial entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping na Coreia do Sul, onde se espera que o pacto seja finalizado.
O acordo foi alcançado em Kuala Lumpur, à margem da cimeira da ASEAN, após o presidente Trump ter ameaçado aplicar tarifas de 100% sobre produtos chineses caso Pequim avançasse com restrições à exportação de terras raras, minerais cruciais para a indústria tecnológica. Segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, a China concordou em adiar as restrições por um ano e em retomar a compra de produtos agrícolas norte-americanos.
“Acho que evitámos isso”, declarou Bessent.
O representante do comércio internacional da China, Li Chenggang, confirmou que as duas partes chegaram a um “consenso preliminar” após conversações “muito intensas mas construtivas”.
Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, apelou ao fim das guerras comerciais, afirmando que “o sentido da História não pode ser revertido e um mundo multipolar está a emergir”. O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, também instou os países da ASEAN a oporem-se “ao protecionismo”.
O encontro entre Trump e Xi Jinping, agendado para quinta-feira, será o primeiro presencial desde 2019 e é visto como fundamental para estabilizar a relação entre as duas maiores economias do mundo.












