A fronteira entre Israel e o Líbano foi palco de uma perigosa escalada de tensão envolvendo as Forças de Defesa de Israel (FDI) e a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL). Acusações mútuas sobre o abate de um drone e disparos de um tanque israelita contra os "capacetes azuis" elevaram o risco de um confronto mais vasto na região. A FINUL relatou que um drone israelita sobrevoou uma das suas patrulhas de forma “agressiva” perto de Kfar Kila, tendo as suas forças aplicado “as contramedidas defensivas necessárias para neutralizar o drone”. A missão da ONU afirmou ainda que, momentos depois, um drone lançou uma granada e “um tanque israelita disparou contra as forças de manutenção da paz”, sem causar feridos. Em contrapartida, o exército israelita acusou os “capacetes azuis” de terem abatido “deliberadamente” um drone “que não representava qualquer ameaça”.
O porta-voz militar, Nadav Shoshani, negou que tenha havido disparos sobre os soldados da ONU, admitindo apenas o lançamento de uma granada para impedir a aproximação ao local da queda do aparelho.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês condenou os disparos israelitas, exigindo que a FINUL possa exercer “em pleno” o seu mandato e usufruir de “liberdade de circulação”.
A França, que contribui com cerca de 650 soldados para a missão, apelou ao respeito pelo cessar-fogo acordado entre Israel e o Hezbollah.
Em resumoUm confronto direto entre as forças israelitas e os capacetes azuis da ONU na fronteira libanesa, com versões contraditórias sobre o abate de um drone e disparos de um tanque, marca uma escalada significativa. O incidente sublinha a fragilidade da segurança na região e a crescente tensão entre Israel e as forças internacionais de manutenção da paz.