As autoridades lituanas consideram os incidentes uma forma de "agressão híbrida" por parte do regime bielorrusso. Durante três noites consecutivas, o aeroporto de Vilnius suspendeu as operações devido à deteção de balões meteorológicos que, segundo as autoridades, são utilizados para o contrabando de cigarros a partir da Bielorrússia. A Comissão de Segurança Nacional da Lituânia reuniu-se de emergência e decidiu pelo encerramento das passagens fronteiriças, medida que a primeira-ministra Inga Ruginiene admitiu poder prolongar-se por tempo indeterminado, com exceções para diplomatas e cidadãos da UE a regressar. O Ministério do Interior lituano informou que o número de balões de contrabando detetados em 2025 já duplicou face ao ano anterior, sendo responsáveis por 80% do transporte de cigarros ilegais. A líder da oposição bielorrussa no exílio, Svetlana Tsikhanouskaya, apoiou a decisão de Vilnius, afirmando que os incidentes são “mais um sinal de que o regime [bielorrusso] está a usar o contrabando de cigarros como uma ferramenta de agressão híbrida contra a Europa”. A tensão na fronteira oriental da NATO aumenta, com a Lituânia a ponderar abater futuros balões que violem o seu espaço aéreo, apesar dos riscos associados à queda de cargas.