A decisão, que surge após 40 anos de um conflito armado que vitimou cerca de 45.000 pessoas, foi saudada pelo governo turco como um "resultado concreto" do processo de paz em curso. O anúncio foi feito numa conferência de imprensa no norte do Iraque, onde o PKK declarou estar a proceder à “retirada de todas as nossas forças na Turquia” para impedir “provocações” e preservar o processo de paz.
A medida responde a um apelo do líder histórico do grupo, Abdullah Ocalan, que se encontra detido desde 1999.
O PKK, considerado uma organização terrorista pela Turquia, EUA e UE, já tinha anunciado em dezembro de 2024 a sua dissolução e o fim da “luta armada”.
O porta-voz do partido no poder na Turquia, o AKP, Ömer Çelik, afirmou que a decisão constitui um dos “resultados concretos do progresso alcançado”. No entanto, o sucesso do processo de paz permanece condicionado. Um dirigente do PKK sublinhou que a libertação de Ocalan é “crucial para que este processo avance com maior eficácia”. O grupo, que renunciou às aspirações separatistas em 2005, exige agora uma reforma constitucional que reconheça os direitos do povo curdo e uma amnistia para os seus membros. O vice-presidente do partido pró-curdo DEM, Tuncer Bakirhan, considerou que o anúncio “abre o caminho para uma solução e para a paz”, instando o parlamento turco a avançar com “passos jurídicos e políticos”.












