Embora oficialmente descrita como uma missão contra o narcotráfico, a escala do destacamento é vista como uma mensagem de força dirigida ao regime de Nicolás Maduro. De acordo com o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), o destacamento inclui o grupo de ataque do porta-aviões USS Gerald Ford, o mais moderno da frota norte-americana, totalizando treze unidades navais com mais de 700 mísseis. Um especialista do CSIS, Mark Cancian, afirmou que “não se envia um dos seus ativos navais mais importantes para ficar parado” e que “o resultado mais provável é um ataque com mísseis contra a Venezuela”.

A operação gerou uma forte reação na região.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, acusou os EUA de cometerem um “crime de guerra” após ataques aéreos contra quatro lanchas ao largo da costa colombiana terem resultado na morte de 14 pessoas. A Venezuela, por sua vez, declarou a primeira-ministra de Trindade e Tobago ‘persona non grata’ por permitir exercícios militares dos EUA na ilha, suspendendo os contratos de gás com o país. Em resposta, Trindade e Tobago anunciou a preparação para uma “expulsão em massa de imigrantes ilegais”, na sua maioria venezuelanos. A tensão foi ainda adensada pela revelação de uma tentativa dos EUA, em 2024, de recrutar o piloto pessoal de Nicolás Maduro para desviar o avião presidencial em troca de uma recompensa milionária.