A troca de declarações ocorre na véspera de uma importante cimeira entre os presidentes da China e dos Estados Unidos. Um porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan da China declarou que, embora Pequim esteja disposto a criar “um amplo espaço para a reunificação pacífica”, reserva-se “o direito de adotar todas as medidas necessárias”. Esta posição foi reiterada após a ausência da expressão “reunificação pacífica” no comunicado final de uma importante reunião do Partido Comunista Chinês.
Em resposta, o presidente de Taiwan, William Lai, acusou a China de continuar a “assediar” a ilha e afirmou que, “além de mostrar determinação para proteger o seu lar, Taiwan deve, com maior firmeza, opor-se à anexação”.
Lai, rotulado por Pequim como “separatista”, sublinhou que o reforço da defesa visa “manter o status quo e proteger a democracia”. A escalada retórica foi acompanhada por um aumento da atividade militar chinesa, com o Ministério da Defesa de Taiwan a detetar 25 aeronaves militares chinesas nas imediações da ilha, uma das maiores incursões das últimas semanas.
A situação de Taiwan deverá ser um tema na reunião entre Donald Trump e Xi Jinping, embora o presidente norte-americano tenha desvalorizado a questão, afirmando: “Não sei se falaremos sobre Taiwan. [...] Taiwan é Taiwan”.














