A justificação surge após o Presidente russo, Vladimir Putin, ter anunciado exercícios com o míssil de cruzeiro Burevestnik e o drone submarino Poseidon, ambos com capacidade nuclear.
O Kremlin, contudo, esclareceu que os seus testes envolveram apenas os veículos de transporte e não as ogivas nucleares.
A administração norte-americana, através do vice-presidente JD Vance, defendeu a necessidade dos testes para garantir o bom funcionamento do arsenal, afirmando que, por vezes, “é preciso testá-lo para garantir que está a funcionar corretamente”.
A reação internacional foi imediata e maioritariamente negativa.
Sergei Shoigu, secretário do Conselho de Segurança russo, alertou que a Rússia não realizará testes nucleares se os EUA não o fizerem primeiro, mas sublinhou que os seus campos de testes se mantêm operacionais. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, manifestou-se firmemente contra, declarando que os testes nucleares “nunca podem ser permitidos em nenhuma circunstância” e que os riscos atuais já são “alarmantemente elevados”. No Japão, a organização de sobreviventes da bomba atómica, Nihon Hidankyo, classificou a decisão como “absolutamente inaceitável”, afirmando que esta contraria os esforços globais para um mundo sem armas nucleares. A medida de Trump levanta o espectro do fim da moratória de ensaios e do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT), assinado em 1996 mas nunca ratificado pelos EUA.














