A ofensiva é justificada como uma operação contra o narcotráfico, visando destruir centros utilizados por uma organização que, segundo Washington, é chefiada pelo próprio Nicolás Maduro.A iminência de uma ação militar foi noticiada por jornais como o ‘Miami Herald’ e o ‘Wall Street Journal’, que citam fontes familiarizadas com a situação.
Os ataques visariam “desmantelar a liderança do cartel” que, alegadamente, exporta cerca de 500 toneladas de cocaína por ano para a Europa e os EUA.
Uma fonte do governo Trump afirmou ao ‘Miami Herald’ que Maduro “poderá descobrir em breve que não pode fugir do país” e que “há vários generais dispostos a capturá-lo e entregá-lo”.
Esta retórica agressiva é acompanhada por um destacamento naval significativo dos EUA no Caribe, descrito como o maior desde a primeira Guerra do Golfo.
Um analista do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) considerou que o resultado mais provável é “um ataque com mísseis contra a Venezuela”.
No entanto, esta campanha militar é alvo de fortes críticas.
Congressistas democratas, como Sara Jacobs, classificaram os ataques já realizados a embarcações suspeitas como “ilegais, assassinatos, e devem parar”.
Outros analistas sugerem que a motivação dos EUA não é o combate à droga, mas sim o controlo das vastas reservas de petróleo da Venezuela, enquadrando a operação numa lógica de “Piratas das Caraíbas” moderna.
O Brasil também surge neste xadrez geopolítico, com o aumento do tráfico de cocaína através da Amazónia a gerar tensões com Washington, que ameaça com tarifas comerciais.














