O governador do Rio, Cláudio Castro, elogiou a intervenção, afirmando que, à exceção dos quatro polícias mortos, as restantes vítimas teriam morrido em confronto.

No entanto, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro aponta para um número superior de mortos, 132, após moradores terem encontrado dezenas de corpos numa área de mata. Familiares das vítimas acusam a polícia de não distinguir entre criminosos e civis, descrevendo a operação como um “massacre”.

Surgiram denúncias de corpos amarrados e com sinais de tortura, o que levou a Defensoria a solicitar acesso às autópsias para garantir uma investigação “transparente”. O Presidente brasileiro, Lula da Silva, mostrou-se “estarrecido” com o número de mortos e promulgou uma nova lei para reforçar o combate ao crime organizado, defendendo um “trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar polícias, crianças e famílias inocentes em risco”.

A operação expôs a complexa hierarquia do Comando Vermelho, uma das mais antigas organizações criminosas do Brasil, formada nos presídios durante a ditadura militar.

Um dos principais alvos, Edgar Alves de Andrade, conhecido como 'Doca', conseguiu escapar, evidenciando as dificuldades das autoridades em desmantelar a liderança do grupo.