A comunidade internacional, incluindo a ONU, a União Europeia e a União Africana, manifestou profunda preocupação e apelou a uma investigação sobre o uso excessivo da força.
As eleições, que decorreram sem a participação dos principais rivais da oposição, que foram presos ou desqualificados, deram a vitória a Samia Suluhu Hassan com 97,66% dos votos, segundo a comissão eleitoral. O partido da oposição, Chadema, rejeitou os resultados, afirmando que "não foram realizadas eleições legítimas", e denunciou uma repressão violenta contra os manifestantes.
Segundo o porta-voz do Chadema, John Kitoka, registaram-se cerca de 350 mortos em Dar es Salaam e mais de 200 em Mwanza.
O governo tanzaniano nega o uso de força excessiva e refuta estes números, enquanto a Amnistia Internacional estima pelo menos 100 mortos, mas lamenta a dificuldade em confirmar os dados devido ao bloqueio da internet no país.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, mostrou-se "muito preocupado" e exigiu uma "investigação minuciosa e imparcial sobre as acusações de uso excessivo da força". A chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, também expressou "extrema preocupação" com os "relatos confiáveis de um grande número de mortes e feridos graves".
A União Africana, embora tenha felicitado a Presidente reeleita, lamentou "profundamente as vidas perdidas" durante os protestos.
A situação reflete uma severa repressão contra a oposição, num país que vive uma das piores vagas de violência da sua história recente.











