A retórica agressiva surge na sequência de relatórios que indicam a morte de milhares de cristãos no país africano este ano. Numa publicação na sua rede social, Truth Social, Trump declarou: "Se o Governo nigeriano continuar a permitir o assassínio de cristãos, os Estados Unidos suspenderão imediatamente toda a ajuda e assistência à Nigéria e poderão até invadir este país agora desonrado, 'de armas em punho'".
O Presidente norte-americano instruiu o seu Departamento de Defesa para "se preparar para uma possível ação", acrescentando que o governo nigeriano "deve agir rapidamente". As ameaças de Trump baseiam-se em relatórios de organizações como a Associação Internacional para as Liberdades Civis e o Estado de Direito (Intersociety), que estima que mais de 7.000 cristãos foram mortos na Nigéria nos primeiros sete meses deste ano. A mesma organização reportou que, entre 2009 e 2023, pelo menos 52.000 cristãos foram mortos e mais de 20.000 igrejas e escolas cristãs foram alvo de ataques por grupos como o Boko Haram e milícias Fulani.
O governo nigeriano, no entanto, afirmou em março que a violência no país "não é motivada por preconceito religioso nem direcionada contra qualquer grupo religioso em particular", apontando para conflitos por terras e sequestros para resgate como outras causas.
A ameaça à Nigéria segue um padrão de política externa assertiva de Trump, que recentemente também elevou a tensão com a Venezuela.











