A cidade estratégica enfrenta uma ofensiva russa massiva, com relatos contraditórios sobre o controlo do terreno a evidenciarem a ferocidade dos combates.
Nas últimas semanas, as forças russas concentraram uma ofensiva de grande escala na região de Donetsk, com o objetivo de conquistar a cidade de Pokrovsk, um importante centro logístico e de operações militares para as forças ucranianas.
A situação no terreno é descrita como extremamente volátil, com fontes distintas a apresentarem cenários divergentes.
De acordo com alguns analistas militares, como o major-general Agostinho Costa, as forças ucranianas encontram-se “cercadas fisicamente” e, na sua perspetiva, “a cidade já caiu”.
Esta visão é corroborada por relatos que apontam para uma superioridade numérica esmagadora da Rússia no local, com uma proporção de até oito militares russos para cada soldado ucraniano, e para a existência de combates já no centro da cidade.
Fontes russas também reclamam avanços significativos na região.
No entanto, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, contrariou esta narrativa, afirmando que, embora a Rússia esteja a concentrar os seus ataques em Pokrovsk e a situação seja “difícil para as tropas”, os seus exércitos continuam a resistir com sucesso.
A conquista de Pokrovsk representaria uma “vitória simbólica, moral, muito importante para Putin”, especialmente antes da chegada do inverno, consolidando o controlo russo sobre uma parte significativa de Donetsk e complicando severamente a defesa ucraniana no leste.
A disparidade entre as avaliações do terreno reflete não só a intensidade dos confrontos, mas também a guerra de informação que acompanha o conflito militar.











