Em paralelo, intensificam-se as discussões sobre a governação futura do território, com propostas para uma força internacional a colidirem com a rejeição de qualquer tutela externa por parte das nações muçulmanas. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, manifestou-se “profundamente preocupado com as contínuas quebras do cessar-fogo”, alertando que estas “devem cessar e todas as partes devem respeitar as decisões da primeira fase do acordo de Paz”.
Este acordo, mediado pelos Estados Unidos, Qatar, Egito, Turquia e Arábia Saudita, permitiu a troca de reféns e prisioneiros, mas os confrontos esporádicos entre as forças israelitas e o Hamas persistem.
A instabilidade no terreno é acompanhada por um intenso debate diplomático sobre o futuro de Gaza. A administração norte-americana está a preparar uma proposta de resolução na ONU para o estabelecimento de uma força internacional de estabilização no enclave por um período de dois anos, composta maioritariamente por tropas de países árabes e muçulmanos.
Contudo, esta ideia enfrenta forte oposição.
Numa reunião na Turquia, sete países muçulmanos — incluindo Turquia, Arábia Saudita e Qatar — rejeitaram a imposição de um “novo sistema de tutela”, defendendo que “os palestinianos devem governar os palestinianos”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, sublinhou a necessidade de uma “reconciliação inter-palestiniana” para reforçar a sua representação internacional.
A Turquia manifestou interesse em participar numa eventual força internacional, mas a sua proximidade com o Hamas gera desconfiança por parte de Israel, que insiste que apenas países considerados imparciais poderão integrar tal força.











