As suas declarações surgem após Washington ter intensificado as operações militares ao largo da Venezuela, justificadas como combate ao narcotráfico, e de o Presidente Donald Trump ter autorizado ataques contra embarcações suspeitas.

A tensão regional agravou-se com a notícia de que a administração Trump iniciou o planeamento de operações militares em solo mexicano para combater os cartéis de droga, o que representa uma escalada significativa na abordagem dos EUA na região.

Perante este cenário, a Rússia reafirmou o seu papel como principal parceiro técnico-militar da Venezuela.

Alexei Zhuravlyov, do Comité de Defesa da Duma, declarou não ver “obstáculos para fornecer a um país amigo os novos desenvolvimentos como o Oreshnik”, acrescentando que “os americanos podem ter surpresas”.

O Presidente Maduro confirmou manter uma “comunicação diária e permanente” com Moscovo sobre “várias questões em desenvolvimento”, incluindo assuntos militares.

O Presidente Trump, por sua vez, advertiu o seu homólogo russo de que, se apoiar Maduro, “será cúmplice da morte de americanos”. A União Europeia, questionada sobre a sua posição, afirmou que se rege “pelo direito internacional”, que apenas prevê o uso da força em autodefesa ou com uma resolução do Conselho de Segurança da ONU.