A situação no terreno permanece precária, refletindo a intensidade contínua do conflito e os desafios enfrentados pelas forças ucranianas.

A situação em Pokrovsk, um centro industrial na região de Donetsk, é particularmente crítica. Fontes russas afirmam ter cercado cerca de 5.500 soldados ucranianos, alegando que dezenas se renderam voluntariamente devido ao abandono por parte dos seus comandantes e à falta de tratamento médico para um número crescente de feridos.

O Ministério da Defesa russo declarou que as forças ucranianas foram abandonadas e não conseguiram resistir aos ataques de drones e artilharia. Em contrapartida, o Estado-Maior ucraniano negou veementemente o cerco, afirmando que "a defesa da ligação de Pokrovsk-Myrnograd continua" e que "não há qualquer cerco às nossas unidades e divisões". O 425.º Regimento de Assalto Skelia anunciou mesmo ter recuperado o controlo do edifício da Câmara Municipal, hasteando novamente a bandeira ucraniana, um ato que sugere que os combates prosseguem no centro da cidade. Soldados ucranianos no terreno queixam-se da falta de pessoal para resistir à ofensiva russa, que, segundo o Presidente Zelensky, emprega um contingente oito vezes superior.

O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW) considera os avanços russos em Pokrovsk como o culminar de uma campanha de 21 meses. Em Kupiansk, na região de Kharkiv, as forças ucranianas afirmam ter repelido as tropas russas da parte norte da cidade através de contra-ataques, embora admitam que "o cenário continua a ser precário".

A tática russa, descrita por um oficial ucraniano, consiste em infiltrar pequenos grupos de militares que se escondem em edifícios até se reagruparem para o combate.