O Presidente Trump reiterou a sua ordem ao Pentágono para realizar testes nucleares, justificando a decisão com a necessidade de manter a paridade estratégica face à Rússia e à China, que descreveu como o segundo e terceiro países com mais armamento do género.

"Realmente odeio fazê-lo, mas não tenho opção", afirmou Trump.

Em resposta, o Presidente Putin instruiu o seu governo a apresentar propostas para um possível recomeço dos testes nucleares, afirmando que a Rússia será "forçada a avaliar a conveniência de realizar testes nucleares em grande escala" se os EUA avançarem. Putin lembrou que a Rússia sempre respeitou o Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares (CTBT), mas tomará "medidas adequadas em resposta" a qualquer teste norte-americano.

A situação é descrita por analistas como uma "nova era bastante preocupante" e uma "corrida ao armamento" que pode levar a um "acidente".

A confusão em torno das declarações de Trump é vista como "absurda e perigosa", podendo gerar uma reação em cadeia, com comentadores a sugerir que a China e a Coreia do Norte poderão seguir o exemplo. Em paralelo, os EUA realizaram testes com o míssil balístico intercontinental Minuteman III, com capacidade nuclear, e com o novo míssil de cruzeiro furtivo de longo alcance (LRSO), projetado para desafiar a superioridade russa e chinesa. Por sua vez, a Rússia anunciou testes de sistemas como o míssil de cruzeiro Burevestnik e o submarino não tripulado Poseidon, com o Major-General Agostinho Costa a alertar que os EUA "já não lideram" no desenvolvimento de armas nucleares.