A medida, inédita no setor, ocorre num momento sensível para a gigante chinesa, que se preparava para inaugurar a sua primeira loja física em Paris. O Ministério da Economia francês iniciou o processo de suspensão, que permanecerá em vigor "até que a Shein comprove que todo o seu conteúdo está em conformidade com a legislação nacional".

As autoridades acusam a empresa de falhas graves na monitorização das vendas de terceiros. Em resposta, a Shein anunciou a suspensão das vendas de vendedores externos em França, a remoção dos produtos controversos e a proibição global da venda de bonecas sexuais na sua plataforma, afirmando que colabora com as autoridades para resolver o problema. O caso ganhou notoriedade quando um homem foi detido perto de Marselha após receber uma boneca sexual com aparência infantil comprada na plataforma, levando o Ministério Público a abrir um inquérito por "divulgação de imagens ou representações pornográficas de menores". Adicionalmente, um deputado denunciou a alegada venda de armas de categoria A no mesmo site.

O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot, afirmou que a Shein está "claramente a violar as regras europeias" e apelou a que a Comissão Europeia tome "medidas enérgicas" e imponha sanções.

A inauguração da loja física em Paris, embora marcada por longas filas, também gerou protestos e descontentamento entre clientes, que se queixaram de preços mais elevados do que os praticados online.