A semana foi marcada por intensos esforços diplomáticos para estabilizar a situação em Gaza, com os Estados Unidos a obterem o apoio do Conselho de Segurança da ONU para uma força de estabilização. Em paralelo, o Papa Leão XIV recebeu o presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, reiterando a defesa da solução de dois Estados. Os Estados Unidos anunciaram ter o apoio do Conselho de Segurança da ONU para um projeto de resolução que prevê o envio de uma força internacional de estabilização para a Faixa de Gaza por um período de, pelo menos, dois anos. Segundo responsáveis norte-americanos, esta força teria como missão assegurar "o processo de desmilitarização da Faixa de Gaza" e "o desarmamento permanente de armas de grupos armados não estatais", trabalhando em cooperação com o Egito e Israel. A proposta surge no âmbito do plano de paz do Presidente Donald Trump, que visa pôr fim a dois anos de conflito.
A Missão dos EUA junto da ONU afirmou que parceiros regionais como o Egito, Qatar, Arábia Saudita, Turquia e Emirados Árabes Unidos apoiam a resolução.
Em Roma, o Papa Leão XIV recebeu pela primeira vez o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas.
Durante o encontro, foi reconhecida a "necessidade urgente de prestar socorro à população civil em Gaza e de pôr fim ao conflito, tendo em vista a perspectiva da solução de dois Estados".
No terreno, a situação permanece tensa.
O Hamas entregou à Cruz Vermelha o corpo de mais um refém, identificado como Joshua Loitu Mollel, um estudante tanzaniano.
O grupo islamita alega dificuldades em localizar os corpos dos reféns devido aos escombros, enquanto Israel acusa o Hamas de atrasar deliberadamente as entregas para evitar discutir o seu desarmamento.
Simultaneamente, as forças israelitas mataram um palestiniano na Cisjordânia, acusado de lançar um engenho explosivo, e realizaram um ataque aéreo no Líbano que vitimou um membro do Hezbollah.
Em resumoA diplomacia em torno de Gaza intensificou-se com a proposta dos EUA para uma força de estabilização, que obteve apoio no Conselho de Segurança da ONU. O Vaticano também reforçou o apelo à solução de dois Estados. No entanto, a situação no terreno continua volátil, com a devolução de corpos de reféns pelo Hamas, ataques israelitas na Cisjordânia e no Líbano, e a persistência de tensões com o Hezbollah, que rejeita negociações com Israel.