Imagens de satélite que parecem mostrar valas comuns e relatos de execuções em massa levaram as Nações Unidas e a Amnistia Internacional a alertar para a iminência de um genocídio, enquanto os Emirados Árabes Unidos apelam a um cessar-fogo. Após mais de 500 dias de cerco, as RSF tomaram o último bastião das Forças Armadas Sudanesas no Darfur a 26 de outubro.

Desde então, surgiram "relatos credíveis de execuções em massa", segundo o responsável pela ajuda humanitária da ONU, Tom Fletcher. O Laboratório de Pesquisa Humanitária da Universidade de Yale analisou imagens de satélite que parecem mostrar valas comuns a serem escavadas e cobertas perto de um hospital, onde cerca de 460 pessoas terão sido mortas, e de uma antiga prisão usada pelas RSF. O diretor do laboratório descreveu "o horror, a escala e a velocidade da matança" como algo sem precedentes em 25 anos de carreira.

As RSF negaram as acusações.

A guerra civil, que começou em abril de 2023, já causou dezenas de milhares de mortos e mais de 13 milhões de deslocados, naquela que a ONU considera a pior crise humanitária do mundo. A Amnistia Internacional apelou aos Estados, em particular aos Emirados Árabes Unidos, acusados de fornecer armas aos rebeldes, para que cessem imediatamente o apoio militar.

Em resposta, os EAU condenaram as violações contra civis, classificando-as como "um crime contra a humanidade", e instaram as partes em conflito a permitir o acesso humanitário e a procurar uma saída negociada.