O pontífice apelou a uma "reflexão profunda" e defendeu os "direitos espirituais" dos detidos, marcando o mais recente ponto de discórdia com a administração de Donald Trump. O Papa Leão XIV, o primeiro americano a liderar a Igreja Católica, expressou publicamente a sua preocupação após relatos de que migrantes no centro de imigração de Broadview, em Illinois, foram impedidos de receber a comunhão no Dia de Todos os Santos e no Día de los Muertos. Citando as escrituras, o Papa reiterou que "as necessidades espirituais dos migrantes devem ser atendidas" e pediu que os líderes religiosos tivessem acesso às instalações de detenção.

Esta intervenção surge após meses de crescente tensão sobre a aplicação severa das políticas de imigração pela administração Trump.

Em setembro, o Papa Leão XIV já tinha sugerido que os apoiantes do "tratamento desumano dos imigrantes" poderiam não ser "pró-vida", ao que a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, respondeu que a administração estava "a tentar aplicar as leis do país da forma mais humana possível". Segundo Christopher Hale, um ativista católico, um porta-voz da Casa Branca terá afirmado que "o papa não sabe do que está a falar" em resposta às críticas mais recentes, refletindo uma crescente animosidade na comunicação oficial da administração.