Ancara apelou a todas as partes para que mantenham as infraestruturas energéticas fora do conflito, sublinhando a sua importância para a vida quotidiana das populações.

O ministro da Energia turco, Bayraktar, expressou a preocupação de Ancara não só com a ameaça ao transporte marítimo, mas também com a segurança de dois gasodutos submarinos, o Blue Stream e o Turk Stream, que transportam gás natural da Rússia para a Turquia.

"Precisamos manter os fluxos de energia ininterruptos no Mar Negro e nos estreitos [Bósforo e Dardanelos]", afirmou.

A Ucrânia anunciou ter atingido dois petroleiros a 28 de novembro, e um terceiro foi atacado na terça-feira.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, condenou os ataques como uma ameaça à "segurança da navegação, à vida e ao meio ambiente".

A Turquia, membro da NATO, depende fortemente da energia russa, que supre quase metade das suas necessidades, uma situação que tem gerado pressão por parte de Washington para que Ancara reduza essa dependência.

Apesar disso, Bayraktar defendeu a compra de energia russa, descrevendo a Rússia como um "fornecedor muito confiável". No entanto, admitiu a necessidade de diversificar as fontes de abastecimento para não depender de um único país.

A cooperação energética entre os dois países estende-se também à área nuclear, com a empresa estatal russa Rosatom a construir uma central na costa mediterrânica da Turquia.