Em resposta, o governo do Reino Unido convocou o embaixador russo e anunciou novas sanções contra os serviços de informações militares da Rússia (GRU).

O relatório final da Comissão de Inquérito Dawn Sturgess, divulgado esta quinta-feira, atribui a responsabilidade moral pela morte de Sturgess diretamente ao presidente russo. Sturgess, de 44 anos, foi contaminada acidentalmente em Salisbury ao manipular um frasco de perfume que continha Novichok, meses após a tentativa de envenenamento do ex-agente duplo Serguei Skripal e da sua filha Yulia com a mesma substância. O antigo juiz Anthony Hughes, que liderou o inquérito, escreveu que a tentativa de homicídio de Skripal "deve ter sido autorizada ao mais alto nível, pelo presidente Putin". Hughes acrescentou que a conduta dos agentes do GRU e dos seus superiores, "incluindo, segundo descobri, o presidente Putin, foi surpreendentemente imprudente.

Eles, e apenas eles, são moralmente responsáveis pela morte de Dawn". O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico afirmou que o relatório confirma o que o governo acredita há muito tempo: "o uso irresponsável pela Rússia de um agente neurotóxico em solo britânico resultou na morte de uma cidadã britânica". Como consequência, Londres anunciou sanções contra a agência de informações militares russa GRU e onze dos seus agentes, e exigiu que a Rússia "ponha fim à sua campanha de atividades hostis contra o Reino Unido e a NATO".