A crise política, que a oposição atribui ao Presidente deposto Sissoco Embaló, coloca um desafio à estabilidade da região e à própria CPLP, cuja presidência rotativa era ocupada pela Guiné-Bissau.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, anunciou que os seus homólogos da CPLP se reunirão "muito em breve", possivelmente até ao fim de semana, para discutir a crise. Rangel lamentou que o golpe "tenha provocado a destruição de um processo eleitoral e a destruição física dos elementos que permitiriam ainda apurar o resultado". A missão de observação da CPLP tinha considerado que as eleições presidenciais tinham decorrido de forma positiva.
A situação é particularmente delicada para a organização lusófona, uma vez que a Guiné-Bissau detinha a sua presidência rotativa.
A oposição guineense acusa o Presidente deposto, Sissoco Embaló, de ter orquestrado o golpe após os resultados provisórios indicarem a vitória do seu adversário, o candidato independente Fernando Dias. A candidatura de Dias já exigiu à Comissão Nacional de Eleições a divulgação dos resultados eleitorais "o mais rápido possível".
O governo português condenou o golpe e apelou à libertação e ao respeito pelos direitos de todos os cidadãos, incluindo os opositores ao novo regime.














