A situação está a gerar apreensão na comunidade internacional, nomeadamente em Portugal, devido à numerosa comunidade portuguesa residente no país.
A administração Trump intensificou a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro, ameaçando com “ataques em terra” sob o pretexto de combater o narcotráfico, uma justificação que Caracas considera uma manobra para controlar as vastas reservas de petróleo venezuelanas. Esta retórica foi acompanhada por ações concretas, incluindo a manutenção de um destacamento naval nas Caraíbas e a declaração de que o espaço aéreo venezuelano estaria “totalmente fechado”. A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) recomendou “extrema cautela” ao sobrevoar a região, o que levou a uma cascata de cancelamentos de voos por parte de companhias aéreas internacionais como a TAP, Iberia e Copa Airlines, deixando o país praticamente isolado e milhares de passageiros, incluindo muitos portugueses, desesperados por encontrar forma de sair. Em resposta, o regime de Maduro acusou as companhias de aderirem a “ações de terrorismo” e revogou várias licenças de operação. No meio da escalada, surgem sinais contraditórios: Maduro confirmou ter tido uma conversa telefónica “cordial” com Donald Trump e há relatos de que estaria disposto a negociar uma saída do poder em troca de amnistia.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, admitiu ter contactado autoridades norte-americanas para “sensibilizar para a presença importante da comunidade portuguesa” e apelar a uma “solução pacífica, dialogada”, garantindo que Portugal possui planos de contingência, embora não veja, para já, motivo para alarme.














