Em paralelo, os Estados Unidos promovem um plano para o pós-guerra que prevê um novo governo tecnocrático supervisionado por Donald Trump, enquanto Israel continua a realizar ataques em retaliação a violações da trégua.
Apesar da pausa nos combates em larga escala, a violência persiste.
Na última semana, ataques israelitas em Khan Younis e outras áreas resultaram em dezenas de mortos, incluindo crianças, com o Hamas a acusar Israel de violar repetidamente o acordo.
Organizações como os Médicos Sem Fronteiras denunciam que cerca de 900 pessoas morreram à espera de evacuação médica desde o início da trégua. Este cenário agrava as conclusões de painéis da ONU, que em 2025 acusaram Israel de cometer atos de genocídio e alertaram para um quadro de fome no norte do enclave, alegações que Telavive rejeita.
Diplomaticamente, o foco está no plano norte-americano para a segunda fase do acordo.
A proposta prevê a formação de um governo tecnocrático para Gaza, composto por palestinianos sem afiliação ao Hamas ou à Fatah, que seria supervisionado por um “Conselho de Paz” presidido por Donald Trump e composto por líderes árabes e ocidentais.
Este plano inclui ainda o envio de uma Força Internacional de Estabilização e o desarmamento do Hamas.
O Qatar, um dos mediadores, já advertiu que o cessar-fogo “não está completo sem a retirada total das forças israelitas”.
Israel, por sua vez, condiciona o avanço das negociações à recuperação dos restos mortais do último refém detido em Gaza.
A tensão regional mantém-se elevada, com Israel a anunciar ataques iminentes no sul do Líbano contra infraestruturas do Hezbollah.














