O texto de 33 páginas, que defende a “restauração da supremacia” dos EUA na América Latina e resume a sua doutrina como “América em primeiro lugar”, adota um tom marcadamente crítico em relação aos seus aliados europeus.
“Se as tendências atuais continuarem, o continente [Europa] vai ficar irreconhecível dentro de 20 anos ou menos”, lê-se no documento, que lamenta decisões que “minam a liberdade política e a soberania”.
A Casa Branca manifesta o desejo de que “a Europa permaneça europeia, recupere sua autoconfiança civilizacional e abandone sua obsessão infrutífera com o sufoco regulatório”.
A nova estratégia anuncia ainda um “reajustamento” da presença militar dos EUA no mundo, afastando-se de teatros de operações cuja importância relativa diminuiu, e exige que os aliados europeus assumam a sua própria defesa na NATO até 2027.
A divulgação do documento forçou uma resposta da União Europeia.
A chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, procurou minimizar a rutura, afirmando que, apesar das divergências, “os Estados Unidos continuam a ser o nosso maior aliado”.
No entanto, a publicação desta estratégia confirma a deterioração da aliança, acelerada sob a administração Trump, e reforça a perceção de um crescente isolacionismo norte-americano que obriga a Europa a repensar a sua própria autonomia estratégica e de defesa.














