Esta medida segue-se a uma decisão semelhante em julho, quando Moscovo rescindiu um acordo técnico-militar com a Alemanha, acusando Berlim de seguir uma “política abertamente hostil” e uma “postura militarista cada vez mais agressiva”. A decisão de visar Portugal e a França surge também num momento em que ambos os países apoiam um plano da Comissão Europeia para canalizar receitas de ativos russos congelados para o financiamento da Ucrânia, uma medida que o embaixador russo na Alemanha classificou como “roubo” com “consequências de longo alcance”.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo será responsável por notificar formalmente os três países, concluindo o procedimento diplomático para o encerramento definitivo dos acordos.

A medida, embora simbólica, representa mais um passo no desmantelamento das estruturas de cooperação e diálogo de segurança construídas após o fim da Guerra Fria, solidificando a divisão entre a Rússia e o Ocidente.