O plano, denominado RepowerEU, estabelece um calendário progressivo para a cessação dos contratos de gás natural liquefeito (GNL) e de gás por gasoduto. Desde a invasão da Ucrânia, a UE já reduziu drasticamente a sua dependência, com as importações de gás russo a caírem de 45% do total em 2021 para 13% atualmente. O Kremlin reagiu prontamente, com o porta-voz Dmitri Peskov a afirmar que a Europa está a “condenar-se a fontes de energia mais caras” e a acelerar a “perda de potencial de liderança” da sua economia.
A decisão europeia foi tomada por maioria qualificada, um mecanismo que evitou o veto da Hungria.
O ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Szijjarto, classificou o plano como uma “ditadura de Bruxelas” e um “diktat” que compromete a segurança energética do seu país. “Sem energia russa é fisicamente impossível abastecer o país com petróleo e gás natural em condições de segurança”, declarou, anunciando que Budapeste irá contestar a medida no TJUE assim que esta for formalmente aprovada.
A Eslováquia também estará a ponderar ações legais, evidenciando as fissuras no seio do bloco quanto à estratégia energética.














