A reação europeia foi imediata e contundente.

António Costa, na qualidade de presidente do Conselho Europeu, declarou que a Europa não pode aceitar esta "ameaça de interferência na vida política da Europa", sublinhando que "os Estados Unidos não podem substituir os cidadãos europeus na escolha de quais são os bons partidos e os maus partidos". Apesar de reconhecer os EUA como um "aliado importante", Costa reforçou a necessidade de uma "Europa soberana". Numa tentativa de apaziguar as tensões, a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, afirmou que os EUA continuam a ser o "maior aliado" da Europa, apesar das divergências. No entanto, analistas descreveram o documento como "absolutamente maníaco e depressivo" e um "murro no estômago", interpretando-o como um sinal de que os EUA já não se veem como aliados, mas como adversários da Europa.

Esta mudança de paradigma força a Europa a confrontar a sua dependência estratégica e a acelerar o debate sobre a sua própria autonomia em matéria de defesa e segurança.