Os combates reacenderam-se com trocas de tiros e ataques aéreos, marcando uma grave deterioração da segurança na região.
O ministro cambojano da Defesa informou que "pelo menos, quatro civis cambojanos foram mortos em ataques tailandeses" nas províncias de Oddar Meanchey e Preah Vihear. Do lado tailandês, foi confirmada a morte de um soldado e ferimentos em pelo menos dez militares. O exército tailandês afirmou ter lançado ataques aéreos com caças F-16, garantindo que visaram apenas "infraestruturas militares, depósitos de armas, centros de comando e rotas de apoio ao combate", em resposta a disparos vindos do lado cambojano.
Phnom Penh, por sua vez, nega ter iniciado as hostilidades e acusa a Tailândia de provocações. A violência levou à evacuação de cerca de 35 mil civis em cinco províncias fronteiriças tailandesas, e ao encerramento de mais de 600 escolas para garantir a segurança de alunos e professores. Milhares de civis também fugiram de aldeias no lado cambojano. A disputa fronteiriça, com mais de 800 quilómetros de extensão, remonta à era colonial francesa e envolve zonas com templos centenários. Esta nova escalada surge após um período de calma relativa, alcançado através de um plano de paz mediado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que se seguiu a confrontos em julho que causaram 43 mortes. No entanto, a Tailândia suspendeu a implementação do acordo em novembro, alegando a explosão de uma mina terrestre que feriu os seus soldados, o que reabriu o caminho para a instabilidade atual.













