No entanto, a ação foi de curta duração.

O ministro do Interior, Alassane Seidou, rapidamente declarou o golpe como abortado, e o próprio presidente Talon dirigiu-se à nação para garantir que "a situação está completamente sob controlo" e prometer que "esta traição não ficará impune".

Segundo a imprensa local, a Guarda Republicana conseguiu neutralizar os golpistas e retomar o controlo da televisão pública.

A resposta regional foi imediata.

A CEDEAO condenou "veementemente este ato inconstitucional" e ordenou o envio de uma força de reserva composta por tropas da Nigéria, Serra Leoa, Costa do Marfim e Gana para "apoiar o Governo e o Exército Republicano do Benim na preservação da ordem constitucional". A Nigéria confirmou ter enviado caças para controlar o espaço aéreo beninês e tropas terrestres, a pedido do governo de Talon, para "expulsar os golpistas".

O incidente ocorre num contexto de instabilidade na África Ocidental, após um golpe militar na Guiné-Bissau em novembro.

O Benim, que desde 1991 mantinha estabilidade política, enfrenta agora as repercussões desta tentativa de tomada de poder, enquanto se prepara para as eleições presidenciais de 2026, nas quais Talon não será candidato por ter cumprido os dois mandatos constitucionais.