Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, os "ataques repetidos" atingiram uma creche e, pelo menos três vezes, o hospital rural local, resultando em "114 mortos, incluindo 63 crianças, e 35 feridos". A situação foi agravada pelo facto de os paramédicos e socorristas terem sido alvejados enquanto tentavam transportar os feridos da creche para o hospital, num ato que o chefe da OMS classificou como "insensato contra civis".
O primeiro-ministro do Sudão, Kamil Idris, e responsáveis locais atribuíram os bombardeamentos aos paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FSR) e aos seus aliados, classificando o ato como um "crime de guerra em toda a sua extensão".
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, manifestou-se "consternado" e condenou todos os ataques contra civis, sublinhando que ações contra escolas e hospitais "podem constituir graves violações do direito internacional humanitário".
A guerra civil no Sudão, que opõe o exército às FSR desde abril de 2023, já causou dezenas de milhares de mortos e criou a pior crise humanitária do mundo, com mais de treze milhões de deslocados. A OMS registou 63 ataques contra instalações de saúde no país só este ano, resultando em 1.611 mortes.
A comunidade internacional apela a um cessar-fogo imediato e ao fim do fluxo de armas que alimenta o conflito.













