Desde o início da trégua a 10 de outubro, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, reportou a morte de pelo menos 367 palestinianos. A violência persiste ao longo da chamada "linha amarela", para onde as tropas israelitas recuaram, mas onde mantêm o controlo de cerca de 54% do território.
Disparos são quase diários contra palestinianos que se aproximam das posições israelitas, muitos dos quais são deslocados que tentam regressar às suas casas destruídas.
A crise humanitária agrava-se, com a ONU a declarar oficialmente a fome na cidade de Gaza e a acusar Israel de cometer genocídio, alegações que Telavive rejeita. O plano de paz de Donald Trump, que permitiu a troca de reféns por prisioneiros, está estagnado. A segunda fase, que prevê o desarmamento do Hamas e a criação de uma força internacional, ainda não começou. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defende que a terceira fase deve incluir a "desradicalização de Gaza", comparando o processo ao da Alemanha pós-Segunda Guerra Mundial.
Por outro lado, o líder do Hamas em Gaza, Khalil al-Hayya, afirmou que o grupo está disposto a entregar as armas a uma futura autoridade palestiniana, mas apenas "se a ocupação terminar", aceitando uma força da ONU para supervisionar o cessar-fogo, mas não para o desarmar.
O Qatar e o Egito, mediadores do conflito, apelam ao rápido destacamento da força de estabilização, com o primeiro-ministro do Qatar a afirmar que "o cessar-fogo só pode ser completo com a retirada total das forças israelitas".













