Num périplo que incluiu Londres, Bruxelas e Roma, Zelensky reuniu-se com líderes como Emmanuel Macron, Keir Starmer, Friedrich Merz, Ursula von der Leyen, António Costa e o Papa Leão XIV.

O objetivo central foi garantir o apoio europeu para resistir a um plano de paz norte-americano que, segundo fontes, exigiria a cedência de território ucraniano, algo que Zelensky considera não ter “nem o direito legal nem moral” para fazer. Em simultâneo, a União Europeia enfrenta dificuldades para aprovar um novo pacote de ajuda financeira para 2026 e 2027. A proposta da Comissão Europeia de usar ativos russos congelados para criar um “empréstimo de reparações” encontra a oposição da Bélgica, que teme as implicações legais e financeiras.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, apelou a uma “ação urgente” dos líderes da UE para desbloquear o financiamento.

Do lado russo, a retórica endureceu.

Moscovo rescindiu um acordo de cooperação militar com Portugal, assinado em 2000, justificando a decisão com o apoio de Lisboa “à guerra híbrida da UE” contra a Rússia.

O Presidente Vladimir Putin reafirmou a sua determinação em continuar a ofensiva até alcançar os seus objetivos, incluindo a conquista do Donbass, que classificou como “território histórico russo”.

A tensão culminou com a morte de um militar britânico na Ucrânia durante um teste de “nova capacidade de defesa”, embora “longe da linha da frente”.