Enquanto o novo governo de transição procura estabilizar o país, a comunidade internacional observa atentamente, com a ONU e a UE a apelarem ao diálogo e à reconciliação.

Um ano após a coligação de rebeldes liderada por Ahmad al-Sharaa ter tomado Damasco, forçando Bashar al-Assad a exilar-se na Rússia, o país continua a enfrentar uma situação complexa. O Presidente de transição, al-Sharaa, tem procurado um discurso pacificador, mas o último ano foi marcado por episódios de violência sectária envolvendo minorias alauitas e drusas, bem como ataques de Israel.

A chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, e outras comissárias europeias exortaram à continuação do diálogo, considerando a queda de Assad uma “oportunidade histórica”.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou que a UE “está ao lado da Síria, apoiando um processo pacífico liderado pelos sírios”, embora reconheça que “os desafios permanecem”.

Em Damasco, o Presidente al-Sharaa exortou a população a unir esforços por “uma Síria forte”.

A crise humanitária continua a ser uma prioridade, com o ACNUR a relatar o regresso voluntário de mais de três milhões de sírios desde a queda do regime.

A agência da ONU apela a “maior apoio internacional” para garantir a estabilidade e a reconstrução, alertando que, sem ajuda urgente, “esta janela de esperança fechará”.

Na Alemanha, milhares de sírios celebraram o aniversário em Essen, numa manifestação convocada por uma organização simpatizante do novo regime.