O Hamas declarou que a segunda fase do acordo, que prevê o seu desarmamento, “não pode começar” enquanto Israel continuar a violar os compromissos da primeira fase, como a reabertura da passagem de Rafah.

Por seu lado, o governo israelita exige a devolução dos restos mortais do último refém antes de avançar. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prepara-se para discutir os próximos passos com o Presidente dos EUA, Donald Trump, no final do mês, incluindo uma terceira fase de “desradicalização de Gaza”.

No terreno, Israel exibiu um túnel em Rafah que alega ter sido usado por altos comandantes do Hamas, como Mohammed Sinwar, e para esconder o corpo de um refém.

O exército israelita também anunciou a retoma da entrada de ajuda humanitária através da ponte Allenby, vinda da Jordânia, após meses de encerramento.

No entanto, a situação humanitária é catastrófica.

A porta-voz da UNICEF, Tess Ingram, denunciou que o número de bebés que nascem com baixo peso duplicou, afirmando que “as mães estão a sacrificar-se para alimentar os filhos”. Desde o início do cessar-fogo, as autoridades de saúde controladas pelo Hamas afirmam que mais de 370 habitantes foram mortos em ataques israelitas, enquanto o Hamas procura o corpo do último refém israelita que permanece em Gaza.