A 6.ª Cimeira Bilateral, realizada no Porto, visou aprofundar a cooperação económica, política e social entre os dois países.
Durante o Fórum Empresarial Portugal-Moçambique, o Presidente moçambicano afirmou que Portugal é um “parceiro estratégico e privilegiado” e desafiou os empresários portugueses a investir no seu país.
Em resposta, o primeiro-ministro Luís Montenegro anunciou a disponibilização de uma linha de crédito de 500 milhões de euros para incentivar o investimento de empresas portuguesas em Moçambique, sublinhando a confiança na economia moçambicana.
Os acordos assinados abrangeram áreas como turismo, segurança rodoviária, comunicações e a revisão da convenção para evitar a dupla tributação.
No entanto, a visita gerou controvérsia política em Portugal.
O vice-presidente da Assembleia da República, Rodrigo Saraiva, da Iniciativa Liberal, classificou a cimeira como um ato de “hipocrisia”, acusando o Governo de celebrar acordos com um “governo autoritário e eleito através de um sufrágio comprovadamente fraudulento”. Saraiva sublinhou que esta ação “atropela os valores constitucionais e a dignidade humana” e ignora as decisões da Assembleia da República, que “não reconhece legitimidade democrática a Daniel Chapo”.
A candidata presidencial Catarina Martins também criticou as opções diplomáticas do governo.
Apesar das críticas, o governo português e a presidência moçambicana consideraram o encontro um sucesso, refletindo uma “visão comum” e um “momento excelente” nas relações bilaterais.













