A junta militar insta a imprensa a “colaborar para evitar a divulgação de informações ou mensagens que apelam à violência e desobediência civil, sob pena de serem fechados imediatamente”. Esta ameaça surge em resposta a apelos de organizações da sociedade civil que protestam contra o golpe.

A crise guineense foi um tema central na cimeira Portugal-Moçambique, onde ambos os governos condenaram “veementemente, a tomada do poder pela força na Guiné-Bissau” e expressaram “preocupação com a evolução da situação”.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, apelou à “regularização do funcionamento democrático do país e das suas instituições”, pedindo que “não haja prisões políticas” e que o “apuramento da verdade eleitoral seja feito”. Em Portugal, a candidata presidencial Catarina Martins também se pronunciou, afirmando que atualmente “não há mínimos de estado de direito democrático na Guiné-Bissau”, o que impede condições para o diálogo.

A Guiné-Bissau encontra-se suspensa da CEDEAO e da União Africana, e o Conselho de Ministros da CPLP recomendou igualmente a sua suspensão.