Estas manobras ocorrem num contexto de crescente desconfiança regional e de realinhamentos geopolíticos globais.
Na última semana, sete aeronaves militares russas e chinesas entraram na Zona de Identificação de Defesa Aérea da Coreia do Sul, entre o Mar do Leste e o Mar do Sul.
As Forças Armadas sul-coreanas afirmaram ter detetado os aparelhos antes da incursão e mobilizaram caças para “implementar medidas táticas para enfrentar eventuais situações imprevistas”.
Embora não tenha havido violação do espaço aéreo soberano, estas incursões são vistas como uma demonstração de força e coordenação entre Moscovo e Pequim.
Paralelamente, o Japão emitiu um “veemente protesto” após caças chineses, lançados do porta-aviões Liaoning, terem usado os seus radares de mira para “bloquear” caças japoneses que os intercetavam sobre águas internacionais a sudeste de Okinawa.
O ministro da Defesa japonês, Shinjiro Koizumi, classificou o ato como “perigoso e extremamente lamentável”.
Estes incidentes surgem num momento em que a China e a Rússia realizam o seu terceiro exercício antimíssil conjunto, uma operação que, segundo Pequim, “não teve qualquer relação com a atual situação internacional e regional”.
No entanto, analistas consideram estas manobras uma resposta direta à expansão da presença militar dos EUA na região, que planeia instalar mísseis de médio alcance no Japão e nas Filipinas.













