O incidente levou à intervenção diplomática e militar da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da Nigéria.

Na manhã de domingo, um grupo de soldados autodenominado Comité Militar para a Refundação, liderado pelo tenente-coronel Pascal Tigri, anunciou na televisão estatal a destituição do Presidente Patrice Talon.

No entanto, o ministro do Interior, Alassane Seidou, declarou pouco depois que a tentativa de golpe tinha sido abortada.

O próprio Presidente Talon dirigiu-se à nação, afirmando que “a situação está completamente sob controlo” e prometendo que “esta traição não ficará impune”.

A resposta regional foi imediata.

A CEDEAO condenou “veementemente este ato inconstitucional” e ordenou o envio de uma força de reserva composta por tropas da Nigéria, Serra Leoa, Costa do Marfim e Gana para “apoiar o Governo e o Exército Republicano do Benim na preservação da ordem constitucional”. A Nigéria confirmou também o envio de caças e tropas terrestres a pedido do governo beninense para “salvar a sua democracia”.

Este episódio ocorre num contexto de crescente instabilidade na África Ocidental, que já assistiu a golpes de Estado noutros países da região, como o que ocorreu recentemente na Guiné-Bissau.