A operação norte-americana, que envolveu um helicóptero e militares, visou o navio 'Skipper', que, segundo Washington, transportava petróleo sancionado da Venezuela e do Irão para Cuba, estando envolvido numa “rede ilícita que apoiava organizações terroristas estrangeiras”.

O Presidente Nicolás Maduro reagiu duramente, acusando os EUA de quererem roubar o petróleo do país e apelidando a ação de “pirataria naval criminosa nas Caraíbas”. Maduro afirmou que o navio transportava 1,9 milhões de barris de petróleo já pagos e que os tripulantes estão desaparecidos, prometendo denunciar o caso a organismos internacionais. Na sequência da apreensão, Washington anunciou novas sanções contra membros da família de Maduro e seis empresas de transporte marítimo.

Esta escalada ocorre num contexto de forte presença militar dos EUA na região, oficialmente para combater o narcotráfrico, mas vista por Caracas como uma ameaça direta.

A situação gera “alguma ansiedade” na comunidade portuguesa na Venezuela, que, embora habituada à instabilidade, teme uma eventual invasão terrestre.

O incidente coincide com a fuga da líder da oposição e vencedora do Prémio Nobel da Paz, María Corina Machado, que afirmou ter tido ajuda do governo de Donald Trump para sair do país, aumentando a complexidade do cenário geopolítico.