A divulgação da nova Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, provocou forte reação na Europa, com críticas aos aliados e a sugestão de apoio a movimentos de extrema-direita. Documentos não publicados, citados pelo ‘Defense One’, indicam que Washington considerou afastar quatro países — Áustria, Hungria, Itália e Polónia — da União Europeia para os aproximar da sua esfera de influência, numa iniciativa apelidada de “Tornar a Europa Grande Novamente”.
A Casa Branca negou a existência desta versão, mas a versão publicada já acusava a Europa de não ter impedido a guerra na Ucrânia e alertava para um possível “apagamento civilizacional” no continente.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, respondeu afirmando que “ninguém deve interferir” na democracia europeia.
A diretora do Banco Europeu de Investimento, Nadia Calviño, ecoou esta posição, defendendo que “a unidade da Europa é a nossa força”.
A nova estratégia reflete uma mudança na política externa americana, que, segundo o diplomata João de Vallera, demonstra que os EUA já não veem a UE como parceiro prioritário.
A abordagem de Trump, descrita como “Diplomacia Predatória” por um analista, privilegia interesses nacionais e ações unilaterais, como se viu na pressão sobre a Venezuela e nas negociações com a Rússia sobre a Ucrânia, marginalizando os parceiros europeus.
Em resumoA nova Estratégia de Segurança Nacional da administração Trump gerou alarme e repúdio na Europa, ao criticar os aliados e, segundo relatórios não oficiais, ao planear o enfraquecimento da UE. A retórica isolacionista e as ações unilaterais de Washington marcam um ponto de viragem nas relações transatlânticas, forçando a Europa a repensar a sua autonomia estratégica e a sua aliança com os Estados Unidos.