A tensão aumentou após caças chineses terem fixado os seus radares em aviões japoneses, um gesto considerado hostil por Tóquio.

Em resposta, o Japão e os Estados Unidos realizaram exercícios aéreos conjuntos com bombardeiros estratégicos B-52 e caças F-35, reafirmando a sua “forte determinação em prevenir tentativas unilaterais de alterar o statu quo pela força”. Pequim, por sua vez, negou as acusações e criticou o Japão pela sua interferência em exercícios chineses.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China aproveitou a véspera do aniversário do Massacre de Nanjing para condenar o que classificou como o ressurgimento do “militarismo japonês”, descrevendo-o como “o inimigo comum dos povos do mundo”.

O porta-voz Guo Jiakun instou o Japão a “refletir profundamente sobre a história” e a “cortar de vez os laços com o militarismo”.

A situação foi ainda agravada pela vaga de cancelamentos de espetáculos de artistas japoneses em Macau, incluindo a cantora Ayumi Hamasaki, após Pequim ter desaconselhado viagens ao Japão devido a declarações da primeira-ministra nipónica sobre uma eventual intervenção japonesa num conflito em Taiwan. As autoridades de Macau negaram qualquer interferência governamental nestes cancelamentos.