A par da legalização de 19 colonatos, a violência dos colonos aumentou de forma "alarmante", gerando forte condenação da Autoridade Palestiniana e do Hamas.

Segundo um relatório do secretário-geral da ONU, António Guterres, foram apresentados, aprovados ou submetidos planos para quase 47.390 unidades habitacionais em 2025, um aumento significativo face às cerca de 26.170 em 2024.

Guterres condenou a "expansão implacável dos colonatos", considerando que estes "violam o direito internacional e o direito dos palestinianos à autodeterminação".

O governo israelita, liderado por Benjamin Netanyahu, aprovou a legalização de 19 colonatos no norte da Cisjordânia, uma medida que a Autoridade Palestiniana descreveu como uma "escalada perigosa" que revela a intenção de consolidar um "sistema de anexação, apartheid e judaização completa". O Hamas, por sua vez, afirmou que a iniciativa reflete a "natureza extremista" do governo israelita e os seus planos de "redesenhar a geografia palestiniana".

A expansão dos colonatos é acompanhada por um aumento da violência dos colonos, que, segundo Guterres, por vezes ocorre "na presença ou com o apoio das forças de segurança israelitas". Desde o início da guerra em Gaza, a violência na Cisjordânia intensificou-se, com mais de mil palestinianos mortos por soldados ou colonos israelitas, segundo dados da Autoridade Palestiniana.